segunda-feira, 27 de março de 2006

OTeatro é a Vida em Palco... Viva o Teatro

O teatro é uma arte em que um actor ou conjunto de actores interpreta uma história ou actividades que têm como objetivo re/presentar (tornar a apresentar) uma situação e despertar sentimentos na audiência. Teatro significa lugar onde se vê e se ouve.

Teatro em Portugal

Gil Vicente (1465 - 1536?) é considerado o fundador do teatro português, no seculo XVI. Este, na sua Farsa dos Almocreves, em 1526 fala do Brasil. António Ferreira (Lisboa, 1528 - 1569), estudou em Coimbra e foi o discípulo mais famoso de Sá de Miranda, tendo sido um dos impulsionadores da cultura renascentista em Portugal. Escreveu a primeira tragédia do classicismo renascentista português, Castro (1587), inspirada nos amores de D. Pedro e D. Inês de Castro, traduzida para inglês em 1597 e posteriormente para francês e alemão.
D. José, rei de Portugal, seguindo as instruções de seu pai, inaugurou em Lisboa a 2 de Abril de 1755 o Teatro Real do Paço da Ribeira, mais conhecido por Ópera do Tejo, situado junto ao rio, num espaço entre os actuais Terreiro do Paço (Pç do Comércio) e Cais do Sodré. Sería a estrutura mais luxuosa e inovadora do género na Europa, que cairía totalmente por terra com o terrível Terramoto em 1755 e contando apenas sete meses de vida.
Almeida Garrett (Porto, 1799 - Lisboa, 1854), foi um proeminente escritor e dramaturgo romântico que fundou o Conservatório Geral de Arte Dramática, edificou o Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa e organizou a Inspecção-Geral dos Teatros, revolucionando por completo a política cultural portuguesa a partir de 1836, no rescaldo das Guerras Liberais. «Frei Luís de Sousa» é a sua obra maior.
Já no século XX encontramos grandes nomes da literatura portuguesa a escrever para teatro como é o caso de Júlio Dantas, Raúl Brandão e José Régio. Às portas dos anos 60 o contexto político fomenta uma nova literatura de intervenção que se estende aos palcos através dos nomes de Bernardo Santareno, Luiz Francisco Rebello, José Cardoso Pires e Luís de Sttau Monteiro, que produziram grandes e intensas obras.
Neste momento existe em Portugal um teatro dominado acima de tudo por encenadores carismáticos como Luís Miguel Cintra (Teatro da Cornucópia), João Mota (Comuna Teatro de Pesquisa), Jorge Silva Melo (Artistas Unidos) e Joaquim Benite (Companhia de Teatro de Almada). Com grande divulgação encontramos o Festival de Almada, FITEI (Porto) e Citemor (Montemor-O-Velho), entre outros, que acolhem o que de melhor se faz em Teatro em Portugal e no mundo.

4 comentários:

johnny handsome disse...

Infelizmente há muito "teatro" por aí no palco mais vasto da cena pública...Certas figuras por vezes deviam dedicar-se a fazer o que se pede aos maus actores: Saber o papel, dizê-lo na ponta da língua e não inventar linhas extra texto...

Lua disse...

não falo de simulação fictícia com recurso à maldade e falsidade. Não falo de hipocrísia, demagogía ou distorção de identidade.
Falo sim de arte, interpretação da essência de determinado personagem, falo de imaginário criativo, de roll playing, de pensamento mágico, de vivência de sensações, emoções, da partilha de histórias, do crescimento enquanto seres pensantes e dialogantes...
Falo de TEATRO, com letra maiúscula e conteúdo dignificante!
É deste Teatro que falo!!!

Marta

johnny handsome disse...

Calma Martinha...Eu sei! Tava só a referir-me ao "outro" teatro que, quer queiras quer não, também tem excelentes "actores"...Alguns até convencem!! ;))
Não te quero ver zangada aqui com os "mouros" agora que vens para cá...A propósito, para quando é a mudança???

Lua disse...

Não estou de todo zangada, o meu comentário deve ser lido com recurso a um tom de voz apaixonado, tal qual foi escrito!
Estas coisas da escrita por vezes transmitem interpretações erroneas. Desculpa se induzi a pensar o contrário;))

E sim é verdade que existem autênticos "Masters" da farsa quotidiana, eu que o diga, pessoalmente tenho tido o desprazer de me cruzar com alguns, e finalmente perceber que a vida não é tão mágica e cor-de-rosa como eu a pinto, lá nisso tens razão Johnny!